Hora da Leitura: Todas as Coisas Belas

 


Apesar de ser um livro protagonizado por adolescentes, Todas as Coisas Belas deve ser lido por qualquer idade. Matthew Quick, o escritor do O Lado Bom da Vida, novamente leva o leitor para reflexões antes mesmo de completar 30 páginas. Segue com uma narrativa envolvente, de fácil leitura e capítulos pequenos.

Nessa história, acompanhamos Nanette O'Hare descobrindo e se encontrando a partir da leitura de um livro, além disso, ela vai se tornar amiga do escritor. E, claro, como se não bastasse, um garoto, também fã do livro, vai fazer parte desse grupo de amigos. 

Os personagens lidam com o drama do 'final' da adolescência, aquele fatídico momento que não entendemos ainda onde devemos nos encaixar 'para o resto de nossas vidas'. por que somos tão fissurados com o resto de nossas vidas se não conseguimos nem lidar com a vida no agora?!  É uma época de emoções à flor da pele, tudo é intenso, confuso e incrível, e, apesar de assustador, todas as experiências devem ser verdadeiramente sentidas - mesmo as ruins são essenciais para lidar com a vida.

Por isso, é o tipo de história que me fez refletir sobre ações e consequências do presente que, de certa forma, estão conectadas ao passado. Ah, o passado, esse livro teve o poder de me colocar em um verdadeiro divã da vida real. Eu ficava avaliando várias das minhas experiências, fazendo conexões com o hoje.

Por fim, é uma história de amor, amizade, dor, autodescoberta e permissões para conseguir se sentir você mesmo sem se culpar por esse 'eu' não ser exatamente o que todos ao seu redor desejam.

A Carolina gostou muito e se surpreendeu com toda a narrativa dessa história profunda e sensível. A Carolina até se viu ali no meio em alguns momentos e ficou feliz em ter permitido que o 'eu' vivesse apesar dos pesares.

"Pode ser quem você quiser. Mas vai pagar um preço por isso. (...) A gaiola está aberta, mas todo mundo tem medo de sair, porque quem tenta, leva uma pancada, e é uma pancada e tanto."

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