“Uow...olha aquilo. Alguém
tirou foto?! Precisa tirar.”
“Caramba. Como ela
conseguiu?!”
“Sei lá, eu subo o primeiro
andar e já fico tonto. Desço rapidinho.”
“E eu então?! Não saio nem
do chão.”
“Mãe!! Ei você?! Tira
foto!!!!”
“Que demaissss!!!!”
Eles continuaram a admirar
a garota equilibrando no brinquedo. Balançavam confortavelmente e admiravam a
coragem da garota que escalou todos os pneus, chegou até o topo e se
equilibrava na curta e nada larga madeira. Ela não se satisfez com a posição de
galope, foi além.
Ninguém mandou ela descer.
Muito menos exigiu cuidado. Apenas cantarolou uma música em conjunto, a moça
mais velha chegou cantando uma letra incomum, tão anos passados e profunda.
Como se alguém resolvesse assoviar Chico Buarque. A aventureira seguia cantando
com os braços abertos pra lá e pra cá.
Sem fotos. Sem broncas.
Naturalidade e admiração. Assim seguiu aquela tarde tão infantil, tão inocente
e tão profunda.
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