Todas as Canções de Amor é um filme sensível, bonito e profundo, mas não é para todos. Tenho a sensação que ele faz mais efeito para quem já esteve, ou está, em uma relação amorosa. Afinal de contas, a história trata de pequenos detalhes do cotidiano de um casal. E, neste caso, assistimos o início e o término de dois - com um intervalo de 20 anos e uma continuidade digna de cinema.
É também para os apaixonados por uma trilha sonora. Para quem gosta da ideia de compartilhar seus sentimentos através da música, inclusive, buscando por formas e palavras que às vezes, uma simples conversa pode não ser tão eficaz.
🎥Na história somos convidados a entrar no apartamento de Clarisse, Daniel, Ana e Chico e, ao som de uma fita cassete, conhecemos a relação dos dois casais, seus amores, desamores, descobertas e os dribles necessários para fazer um cotidiano funcionar com amor e paixão.
O filme ganha ainda mais meu coração por conta de tantos elementos especiais para mim, como a escolha de um prédio antigo no centro histórico de São Paulo, as caminhadas por um viaduto tão importante para mim, até as sombras e luzes dentro do apartamento. Eu realmente gosto do modo como São Paulo participa desta história.
Gosto também de Ana ser uma escritora e tentar construir seus personagens através das músicas de Clarisse e Daniel, neste caso, até fiquei com a pulga atrás da orelha sobre a vida real ou ficcional destes dois personagens e, isso, me animou.
E ainda tive o privilégio de assistir o filme ao lado do meu amor, então, foi uma experiência gostosa. Porque compartilhamos momentos enquanto assístiamos, rimos, refletimos e, de alguma forma, nos vimos em algumas situações.
Ah, além do modo como a música foi fazendo parte da história (ela é na verdade outro personagem), eu também fiquei encantada com a escolha das cores para fotografia, das tomadas de câmera e da continuidade das cenas, por fim, adorei o fim da história.
É um filme bonito. Bem bonito mesmo.
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