Hora da Leitura: Boneco de Pano

                        Boneco de Pano
            Daniel Cole

William Fawkes, mais conhecido como Wolf é um detetive que está voltando de um tratamento psicológico, diretamente para um caso um tanto bizarro. A vítima: um corpo - que parece mais um Boneco de Pano - tem partes costuradas, sendo cada membro do corpo de uma pessoa diferente! É preciso desvendar quem são estas vítimas e o por quê. O assassino ainda deixa uma pista exigindo a presença de Wolf.

Para completar, o caso ganha uma lista com futuras vítimas a serem mortas em um curto espaço de tempo. E, o nome de Wolf termina a lista. Nesta corrida contra o tempo, Wolf precisa provar que está recuperado, a detetive Emily Baxter lida com fantasmas do passado, a jornalista (e ex-mulher de Wolf) Andrea com questões éticas e o novato Edmunds tenta equilibrar a vida profissional com a pessoal, enquanto prova sua competência. 
  
Com toda essa proposta inicial, personagens problemáticos, incertos e confusos, o livro tem tudo para ser um thriller policial bem interessante.Tem cenas dignas de CSI e situações bem inusitadas. Mas, também se perde em capítulos arrastados com diálogos, ou histórias, rasas. 
 
É melhor não desistir e prestar atenção. As pistas podem estar na linha que você pulou a leitura. E, no final das contas, tudo faz sentido e fica bem construído. É um livro para quem curte narrativas policiais e gosta de ver boas cenas de crime.
 
De quebra, ainda fala um pouco sobre a ética do ser humano diante de algumas decisões na vida e as consequências destas decisões. Além de relembrar a eterna questão sobre fazer justiça pelas próprias mãos, ou até mesmo, se de fato há justiça.

Mesmo solucionando o caso no final, o livro tem continuação - Marionete - e tem gancho para isso. Até porque, muitos dos personagens não foram completamente explorados - apesar de alguns capítulos enrolados. Quanto ao perfil mais cinematográfico do livro, faz bastante sentido ao ler que a história foi, inicialmente, pensada para ser uma série de televisão.
 

"Aquele súbito furor pela igualdade, sobretudo entre alguns dos homens mais conservadores e obtusos que ela conhecia, decorria muito mais do amor-próprio exacerbado de cada um que de um desejo real por um mundo melhor." 


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