Doações

Estamos perdendo um pouco da noção de disponibilidade. A vida corrida pode até deixar as as pessoas mais ausentes, mas, muitas vezes, para lidar com a culpa, elas se colocam disponíveis além da conta.

Nestes momentos pergunto: Qual o limite e qualidade da disponibilidade? 

É preciso repensar o modo como nos doamos para o outro. Doar sem limites não dá certo: quando doamos demais, a outra pessoa vê a sua disponibilidade como uma obrigação para com ela, você está prestando um favor. E, logo, ela desvaloriza este momento.

Não estar disponível é essencial para o crescimento de ambos. Criança ou adulto são seres humanos que não lidam muito bem com tudo sendo dado de mãos beijadas, aqui incluo a atenção. Naturalmente, somos conquistadores de territórios e quando tudo foi conquistado, nos entediamos.

Os desafios são necessários até nas relações humanas. Por esta razão, a disponibilidade precisa ser administrada com sabedoria, exigindo tempo, paciência e bom senso. Talvez, por ser um pouco mais complexo do que parece, as pessoas prefiram os extremos: muito demais ou pouco demais.

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