Ela pegou o fio
azul, deu uma volta no vidrinho, colocou um papel em formato de círculo,
adicionou uma colherzinha e pediu ajuda para dar o laço. Era necessário dois
para o laço. Aquele brigadeiro no pote certamente ganhou outra cara com todos
aqueles detalhes.
- Não dá para uma
pessoa só dar laço? Assim vamos mais rápido.
As duas olharam
juntas todos os materiais; pensaram, arriscaram e descobriram um modo de fazer
mais rápido, sem perder o cuidado e atenção aos detalhes. Agora uma amarrava e
a outra cuidava de outra etapa. Pronto.
- Senta aí. Ajuda
a gente.
- Ah não,
obrigado. Não sou bom nestas coisas.
Independente da
resposta, por alguma atração inexplicável ele sentou e assistiu,
silenciosamente, enquanto ela colocava o papel, a colherzinha e dava o nó.
Ainda equilibrando tudo, pois apesar da possibilidade de dar o nó sozinha, era
difícil equilibrar a colherzinha.
- Desculpe. Mas,
pode me dar um destes aí. – Apontou os papeizinhos redondos e as colherzinhas.
Já em posse de tudo, fez.
- Posso fazer
assim?
Ele havia
descoberto um modo melhor para fixar a colherzinha e o papel naquele fio.
- Opa. Claro, é
isso mesmo, ficou perfeito.
Os três, com
comportamentos diferentes, cabeças diferentes, habilidades diferentes, mas com
o mesmo foco, seguiram rindo, conversando e produzindo os potinhos de
brigadeiro.
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