- Alô. Por favor, quero marcar uma nutricionista.
- Oi. Ah, você tem guia?! Se não tiver, apenas particular.
- Hum... Não. Então não posso usar nutricionista?!
- Não, apenas nutrólogo.
Sem entender nada, desliguei o telefone. Uma pesquisa rápida informou: um é médico e o outro especialista. Oi?! Só quero alguém para orientar minha dieta. Parecia ser uma decisão madura após devorar tantas revistas “perca peso em uma semana”.
Estes especialistas organizam cardápios alimentares saudáveis, dizem as revistas, avaliam todo o estilo de vida do indivíduo, evitando uma piora na saúde. Não à toa, muitas pessoas recorrem a estes profissionais e são bem sucedidas.
São dietas específicas. Evita-se deficiência de vitaminas, nutrientes enquanto ruma para o peso ideal/saudável. E tudo com acompanhamento médico. Já estou cansada de arriscar e não ver resultados, ou ficar com medo de estar fazendo algo muito errado. Um dia pode, no outro dia é proibido. Fico confusa.
Sem contar meus problemas com o açúcar. Basta eu parar e olá mau humor. Carboidratos então... sem eles é sono na certa. Nutrólogo. É isso!
Lá vou eu para minha consulta. Lá vou eu embora sem marcar o retorno.
O doutor me pesou, não falou novidades e me deu aquela pirâmide para direcionar minhas refeições. A pirâmide do primário!!! Sério que nada mudou?! Como se não bastasse, mandou eu parar os meus exercícios e usar a esteira. Oi?!? Em que século estamos?
Ainda com a pulga atrás da orelha, voltei para as minhas revistas. Não é possível. E todos estes cardápios específicos?! Eram de mentira?! Cada pessoa não tem seu próprio metabolismo?!
Nova tentativa. Novo nutrólogo. O que ganhei? Nada! Nada específico para mim. Trinta minutos conversando e saio com uma cópia de cardápio retirada da pilha de cardápios. Mas, desta vez, tinha meu nome escrito... a caneta.
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