Sonhando com Paris-Manhattan

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                                           Na vida, cada um faz o seu próprio conto de fadas.

Paris-Manhattan (Paris-Manhattan, França, 2012) é uma comédia-romântica, ponto! Então se você não é fã deste tipo de filme, não adianta assistir para depois reclamar. Além deste detalhe é uma comédia-romântica francesa. O fato de ser francesa faz com que ganhe vários pontos no sentido de ser apresentar e misturar realidade e sonhos em uma mesma película. Para completar, adiciona uma pitada, boa pitada, de Woddy Allen. Pronto eis um delicioso, divertido, leve e apaixonante filme para se ver.

O primeiro filme da diretora e roteirista Sophie Lellouche conquista - trilha sonora bem escolhida, cenas do cotidiano francês com uma bela fotografia e artistas com química e comicidade na medida certa. Alice (Alice Taglioni) é uma jovem farmacêutica sonhadora, tão louca por Woody Allen que usa os seus filmes para resolver qualquer problema seu, e dos outros, na vida. Victor (o charmoso Patrick Bruel) é racional, desiludido e dono de uma empresa de alarmes.

Sophie construiu uma rica relação entre Alice e Victor, eles não se apaixonam logo de cara e nem passam o filme todo um tentando conquistar o outro. Tudo acontece tão naturalmente, que Alice se surpreende quando descobre estar apaixonada. Uma bela amizade constrói um romance gostoso de se ver e torcer.

Agora ver a família de Sophie - pai, mãe, irmã e cunhado -, tentando participar da vida dela, ou apenas vivendo suas próprias vivas é uma diversão à parte. Este, certamente, é um dos momentos de prova sobre o quanto nossas vidas tem muito mais de cinema do que nós temos copiado deles.

Para completar, os momentos com Woody Allen são muito interessantes, ele é como um conselheiro de Alice, de um modo diferente, mas é. E Sophie consegue fechar a participação de Woody com chave de ouro, tanto para o personagem dele quanto para a relação com Alice e Victor.

É um filme para rir, se emocionar, sonhar, pensar e refletir. Com momentos inusitados e únicos, que dá até vontade de contar, mas prefiro que descubram sozinhos. Um filme para ficar com um eterno sorriso no rosto, relembrando as cenas e rindo sozinha, quando surgir as letrinhas do cast.


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