Minha mãe quer que eu case

Vivemos no século XXI, o tão esperado século, convenhamos que algumas mudanças não vieram, entretanto outras com certeza surgiram de maneira surpreendente; quem diria que um dia poderíamos carregar tanta informação em uma caixinha para lá e para cá?! Entre situações novas e outras nem tanto, assim como problemas que continuam não sendo resolvidos ou até mesmo piorados, contrapondo-se com outros que tiveram soluções até que criativas. A sociedade transformou-se e tem cada dia mais investido em mudanças, não só materiais, mas também no que condiz ao pensamento e comportamento no todo.

As mulheres, por exemplo, são as mais citadas e estudadas nesse processo de modificações. A briga pelos direitos iguais, a procura de seu espaço em um mundo onde o falar grosso ainda é mais levado a sério, profissões e mercado de trabalho estão se moldando às saias, batons e conversas no banheiro. Leis que facilitam a maternidade, afim de mostrar que a mulher pode sim ter seu lar e ao mesmo trabalhar fora de casa.

Entretanto, apesar de todas essas constantes alterações no comportamento feminino, ou seria no masculino?! Que a propósito ainda tenho minhas dúvidas até onde é positivo. A mulher nunca deixou de lado algumas preocupações vindas do passado: o casamento é uma delas. Ok. Atualmente é possível, e para muitos até mais moderno, apenas a junção de um casal, ou simplesmente cada um no seu canto e comprometidos por palavras, enfim, apesar de todas as discussões sobre a real necessidade ou não do casamento, que não vem ao caso nesse momento, a mulher ainda se pega, mesmo na atual modernidade, pensando em seu vestido branco e entrada triunfal com todos olhando apenas para ela.

Mesmo que tente mostrar o quanto mudou, que não é mais tão sentimental ou sonhadora. E que esse tipo de assunto não lhe pertuba mais, a frase: ficar para a titia ainda deixa muita mulher com insônia ou um tanto quanto preocupada por não ter ninguém ao seu lado. A diferença, é que a circunstância lhe dá mais artimanhas para criar um esconderijo, ou até mesmo coloca-se tão ocupada em sua carreira que desculpa-se utilizando do fato de não ter tempo para pensar nisso.

Em meio a todas essas questões e mais um pouco do cotidiano diário deste século maluco com identidades sendo construídas, surge o filme Minha mãe quer que eu case (Because I said so, 2007). O título já é bem explícito com relação ao assunto que será discutido nesta película. Uma mãe com três filhas, nada mais natural do que ver todas elas casadas, porém uma delas parece ter certa dificuldade para alcançar o objetivo tão desejado...pela mãe. A carreira é perfeita, tudo caminha bem, ela só não é casada. Está completa e feliz?!

No desespero de ver a felicidade mais do que completa e perfeita para sua filha, Daphne Wilder (Diane Keaton) - a mãe - decide fazer o que for necessário para dar um empurrãozinho e encontrar o matrimônio dos sonhos de sua filha, ou seria o dela?! Neste mundo cheio de modernidade, Daphne resolve recorrer à
internet, afinal de contas não estaria fazendo nada de errado, pelo contrário conhecia melhor do que ninguém sua filha razão suficiente para concluir que ela seria a pessoa ideal para escolher o melhor marido. Que inclui características clássicas - o tempo parece não ter conseguido mudar isso também - bonito, educado, bem apessoado, boa posição social, nenhum psicopata, ou algo do gênero.

Entre idas e vindas, rapazes não tão bem vindos, o homem perfeito, a redescoberta do amor e uma pedra no tropeço que poderá ser ... O filme consegue discutir um tema aparentemente engolido pelas novidades do século; ainda relevante para as mulheres, mães, avós, filhas, netas, a ala feminina de modo geral. Não trata-se de um romance onde tudo será gracioso e nem um drama que desejará nunca ter visto. Mas uma leveza de discussão para ser vista em uma tarde gostosa qualquer. Cantorias, risadas, brigas, reclamações, crises, descobertas, anseios, sonhos, realizações, confiança, etc a completa roda do mundo feminino moderno.


Sem muitas surpresas e enredo natural da vida,
Minha mãe quer que eu case consegue tirar boas gargalhadas, maior confiança no que foi ensinado, aprendido e pensar se apenas a mãe que que eu case!

2 Comentários

  1. Ainda não assisti ao filme, mas concordo que o desejo por ter alguém com quem se possa contar não se extinguiu ao longo do tempo.

    Aliás, ainda que de modo mais silencioso e raramente assumido, o medo de ficar para "titio" também é presente na ala masculina.
    Afinal, quantos de nós, bons cristãos, ainda estamos sozinhos?

    Por razões que vêm de minha solteirice não consigo pensar em como resolver isso...

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  2. Anônimo10:46 PM

    Carol!!!

    Esse filme deve ser ótimo. Afinal trata de um assunto estremamente legal, engraçado e pertinente e traz a maravilhosa Diane Keaton no elenco...

    Nossa! Fiquei curiosa para ver o filme, sério...

    Deve ser bem legal mesmo!!!

    E o mais imporatnte de tudo: eu morro de medo de 'ficar para titia'... Sério!!! :$ Acho que me fará bem ver essa história!!

    Hehehehe!

    Beijos :D

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