Toda segunda é
assim: levanto preguiçosa, na verdade, só abro os olhos, continuo deitada. O ânimo
para sair da cama é quase zero, sinceramente, é zero. Estico o corpo para
afugentar o sono, lembro-me do nosso final de semana e sorrio. Tão intenso e tão
gostoso. Tão juntos - certos momentos até pedi um pouco de espaço -, agora
quero estar ao seu lado, novamente.
Rolo de um lado e
do outro. Não chego a odiar a segunda, ela não tem culpa de ser o ponto de
partida para meus dias sem você, suspiro fundo, não estarei completa nestes
cinco dias vindouros. É sempre tão cruel. Pensei em deixar de te ver no sábado
e domingo, talvez assim, minha segunda-feira seja menos indesejada. Do quê
estou falando? Não daria certo, isso significaria não te ver nunca mais!!!
Ok, pensando por
esta perspectiva, a segunda não é tão ruim, afinal de contas, se ela acontece, é
menos um dia na contagem para te ver. Crio coragem para tomar uma ducha, abrir
a casa e preparar o meu café. Incrível como o escuro debaixo das cobertas é
muito mais encantador, ali posso continuar sonhando com você.
A cafeína dá o
despertar necessário. Mais um dia de trabalho pula em minha cabeça, a mente
parece que recebeu o start e a agenda
começa a ser definida. Aceito, só o verei no final destes longos dias uteis. Ficar
morgando até o sábado está fora de cogitação. A vida acontece e, se eu não me
movimentar, o tempo andará a passos de tartaruga.
Mesmo com a
programação sendo montada, é difícil orientar o cérebro, ele cisma em
permanecer nos dias de folga com você. Para ajudar, neste percurso ao trabalho,
ouço minha música preferida uma, duas, três vezes, as repetições criam um clipe
com nós. Nós!!!
- Aí ou!!! Meu pé
caramba!!! Meu cabelo!!!
E sou, enfim, despertada
pela realidade do empurra, empurra, no abrir das portas do metrô na Estação Sé
em pleno horário de pico. Respiro fundo para não estressar, enquanto espero o
aperto do seu abraço em todos os horários livres do próximo final de semana.
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