Ao criar expectativas em determinadas coisas ou até pessoas corremos o risco de frustrações ou alegrias. O grande perigo das expectativas é que muitas vezes elas são carregadas de questões muito mais pessoais, isto é, da pessoa que espera, do que relacionadas às pessoas envolvidas - de quem se espera.
Isto é, depositar expectativas é arriscado, porque normalmente o fazemos com vontade própria, sem nem pedirmos permissão e a responsabilizamos por possíveis acontecimentos que nem ela mesma sabe que está envolvida. Complicado não?! É basicamente esperar que alguém entenda os seus anseios e desejos, sem você contar, e satisfaça da melhor maneira possível para a sua própria alegria. Chega a ser um pouco egoísta e preguiçosa esta atitude.
Talvez, seja preciso compreender serem as expectativas não tão importante quanto os momentos em que produzimos algo por nós mesmos, ou melhor, se permitir viver com outros apenas vivendo, deixando que as surpresas apareçam vez ou outra. Acredite, surpresas costumam ser muito mais bem vindas do que os resultados das expectativas.
Raramente as expectativas são saciadas no nível desejado, e quando são, não chegam exatamente aos pés do imaginado. Agora surpresas podem ser realmente surpreendentes, podem nos deixar sem reação, por mais insignificantes que pareçam. Se deixar surpreender é permitir que o outro seja ele mesmo e te conheça em níveis não imaginados por si mesmo. É deixar acontecer.
Entre expectativas, frustrações e surpresas, as surpresas serão sempre a melhor alternativa. Não esperar pode ser, neste caso, um grande e importante passo para conseguir viver em paz, sem ansiedade, dando a oportunidade à vida de lhe presentear. Talvez, as relações até sejam mais simples a partir do momento em que deixarmos nossas expectativas de lado e começarmos a viver apenas vivendo.
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