Doce Consolação

Sempre que preciso a Consolação me abraça, me traz o vento consolador com uma música especial, ela já me conhece. As lágrimas surgem junto com a lembrança e imediatamente uma luz invade a sombra daquelas imensas árvores como se quisesse secar o meu rosto.

Mais uma vez a Consolação sabe como lidar comigo, não quer ver meu rosto manchado por lembranças, saudades, esperanças e incertezas. Apenas me impulsiona para frente, na tentativa de mostrar, através de sua infinitude e movimento, a vida correndo logo ali do lado e pedindo para ser vivida e não pensada.

Não quer me ver perdendo tempo, não com impedimentos, mas com possibilidades. A Consolação para e sorri, mesmo quando seus muros são tão extensos e obscuros. No final deles sempre lembra da existência de uma luz no final do túnel, de um palhaço pronto para alegrar ou presentear.

Seu caminho é longo, mas apenas para consolar, para estar comigo neste momento e fazer o possível para sussurar em meus ouvidos boas e belas palavras. Quando me vê bem diminui o percurso, dá atalhos para aproveitar o dia e observa meus passos alegres, sinto sua satisfação.

0 Comentários