As constantes construções e descobertas de realidade acontecem no decorrer da vida a partir do momento em que tentamos compreender a nossa própria existência.
No jornalismo a definição de uma realidade se faz necessária para publicar os acontecimentos de um mundo real aos leitores.
Ambos tentam recortar realidades aceitas em seu mundo para deslumbrar o acontecimento do todo. Bem como articular a própria realidade e suas mutações diárias.
A verdade então passa a ser atribuída à realidade e encontramos indivíduos buscando, constantemente, esta verdade absoluta.
O jornalismo surge como um meio para expressar a leitura desta realidade dita como verdade e um conhecimento a ser adicionado ao homem que tem tentado entender os comportamentos sociais e, também, de si mesmo.
Acontece que a realidade está além do concreto, do factual. A facilidade em definir o que é concreto, não torna o abstrato irreal, pelo contrário, o jornalismo lida, constantemente, com a realidade imaginária de seus leitores, e o homem precisa de seu imaginário para lidar consigo mesmo.
Mesmo com uma definição básica de realidade como o concreto, se pode articular que o jornalismo também lida com a realidade abstrata, isto é, a discussão do factual (concreto) para gerar o conhecimento (abstrato).
As duas realidades se fazem necessárias e com uma força que desqualifica a ideia de termos apenas uma, ou duas, realidades possíveis.
O real, a realidade se tornam um infinito compartilhado por culturas que lhe qualificaram como real, ou não. O jornalismo lidará com a interpretação de todas estas realidades, mas não significa que oferecerá a realidade real.
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