(Des)Informação

Folha.com - divulgação sobre falecimento de Tuma

Há algumas horas foi declarado pelo portal Folha.com, pelo UOL, Globo.com e até Correio de Uberlândia a morte do Senador Romeu Tuma, 78. Informações completas, local de óbito, horas, etc., vindas de jornais respeitados.

Globo.com - portal anunciou via twitter

Entretanto, rapidamente - não tão rapidamente devido a presença de twitter e cia-, a notícia foi desmentida. A jornalista da Folha Poder, pediu desculpas, via twitter, pelo ocorrido, mas no portal Folha.com a notícia foi apenas tirada do ar, nenhuma nota foi escrita como: o Senador passa bem.

Jornalismo e as novas mídias - dificuldade em lidar com a aceleração da informação

Para descobrir, de fato o ocorrido foi necessário navegar muito. O Google já confirmava a morte, afinal de contas, suas informações são os portais mais acessados, porém, era difícil entrar nesses sites. E nenhum link negava o ocorrido.


Correio de Uberlândia - a informação veio da redação do Correio?

Quem salvou a informação foi o twitter - mais uma vez mais rápido que os demais -, seguidores articulavam o fato e puderam confirmar a falha de informação entre hospital e algum jornalista. Logo, outros meios, como o portal IMPRENSA, emitiram notas sobre o acontecimento e negaram a morte do Senador.

É incrível analisar como andam os meios de comunicação. Na correria por um furo antes de todos, podem matar e ressuscitar. Não é novidade a possibilidade dessa falha, entretanto, é preciso - urgentemente -, descobrir qual o melhor modo de lidar com a notícia rápida e verdadeira.

Como comentei em meu twitter precisamos decidir se queremos fofocas ou notícia de qualidade (mesmo que atrase um pouco). Observar como meios de comunicação tem facilidade em copiar a notícia de outro também é assustador, não sabemos mais a origem da notícia, antes era fácil enganar os leitores nesse sentido, contudo, em tempos de comunicação interespaciais, acredito ver muita coisa mudando.

Tomara que esses acontecimentos avisem sobre a necessidade de lidar mais sabiamente com as informações que viram notícias, não apenas por parte dos jornalistas, mas também, dos leitores. A passividade deve ser diminuida de ambos os lados, afinal de contas, antes de jornalistas somos todos leitores.

Ps: A atual confiança em meios de comunicação dão força a dúvida, esta só será sanada quanto Romeu Tuma aparecer dando olá, ou sermos informados, formalmente, de sua morte.

Ps2 - Após essa postagem, cerca de uma hora depois, a Folha publicou uma errata:

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