Montanha Russa

Ser grande, adulto, nada mais é do que o processo em que precisamos compreender, ou tentar, as coisas da vida. Sejam decisões tomadas, sonhos idealizados e, até, crenças fora da realidade do momento.

É ter uma conversa e descobrir que para ser independente é preciso ser dependente. Os diversos lados de uma mesma moeda jogados em seu colo, esparramados como um quebra cabeça que acabou de ser adquirido. Paciência para ajudar na construção da imagem e, talvez, ter uma resposta. Apenas talvez, já que ser adulto é muito mais perguntas do que respostas.

É querer devorar, ansiar por ser devorado. Porém, não permitir. Não porque alguém não deixou, apenas, porque decidiu. Você mesmo decidiu! Ser adulto é tomar suas decisões sem ninguém dando o palpite final e ter coragem de encarar as consequências. Medo também faz parte. Na verdade, parece que esse fortalece, de certa forma, nas decisões pessoais.

Confiar no que acredita. Sacar o que é bom para si. O que não é bom. Chorar pelo perdido. Chorar pelo conquistado. Sorrir. E, mais uma vez, atentar para o que você quer para si mesmo. Volto para decisões - apenas suas.

Ser adulto é descobrir-se; mais até do que na adolescência. Sensação de solidão, desespero, êxtase, aventura. É o 8-80. É querer ligar para alguém desesperadamente e, não esperar completar a ligação, desligar. Sentir as músicas com mais intensidade como se fossem as únicas a compreenderem seu momento. Tocam magicamente, repetidamente - 'viver é deixar viver'.

É viver em uma gigante e infinita montanha russa.