O Duelo da Fala

Afinal de contas quando é o momento certo de falar?! Apesar de dizerem que as mulheres falam demais, tenho certeza que muitas ficam em silêncio; em briga com seu próprio eu sobre se deve ou não abrir sua boca para pronunciar algumas palavras.

Pensando bem, todos de forma geral, não apenas o sexo feminino. Muitas são as vezes em que o ser humano não sabe se deve ou não falar. Independente se o assunto é acadêmico, profissional, emocional, etc. Basta estar ligado com algo muito importante para si mesmo e, que envolva outro tão intensamente quanto.

A dúvida costuma ser a primeira a bloquear o movimento do conjunto: lábios, língua e dentes. A vontade parece não ser suficiente. Fica então um duelo de titãs entre a vontade e as interrogações.

Para em meio aos rounds surgirem:
- Qual será a reação?
- Se eu falar é melhor?!
- Deve mesmo saber?
- Será que compreenderá a situação?
- Entrarei em uma fria?

Claro que não significa que isso acontece porque tem algo errado. Ou a situação é crítica. Mas, apenas, por ser algo de extrema importância.

E, ainda, como em uma luta. Fica complicado saber se já está no tempo do golpe final, ou dá recaída. Além da decisão de falar, surge o 'quando' para implicar. Este costuma ser bem escorregadio.

Muitos acabam desistindo. Outros apenas falam sem pensar demais (claro que, é mentira, pois pensaram em algum momento muitoooo).

E então?! Deu certo ter falado? Valeu a pena? Porque estava me martirizando tanto quando já podia ter nocauteado no primeiro round. E quem falou que existe tempo certo, igual, para todos?

Ainda existem aqueles que afirmam ser fácil se comunicar. Diria: uma arte para poucos, até porque, se tratando de conversas, o cuidado sempre é pouco. São no mínimo duas cabeças com pensamentos diferentes.

O jeito é treinar. Respirar. Pensar mais um pouquinho e arriscar. Entre um golpe e outro. As vitórias podem ser históricas e as derrotas essenciais para a próxima luta.

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