É incrível imaginar como ideias transformam ideias, já que antigamente tudo o que se tinha para comunicar-se com outras pessoas, eram lajotas de barro e bastões de madeira, uma forma bem primitiva de contar histórias com desenhos.
No Festival Internacional de Linguagem Eletrônica, ou simplesmente FILE, em sua 10ª edição, conhecemos através das mãos de grandes artistas uma forma de se comunicar com ou sem som, utilizando todas as ferramentas tecnológicas que estão ao nosso alcance, e de uma maneira interativa apreciar a arte que se une com as mudanças do século XXI.
Desde jogos que são comandados pela voz, até o contato na pele que emite sons agudos. A interatividade presente em toda a mostra tenta explorar todos os sentidos, além de fornecer informações úteis e curiosidades diferenciadas.
Interessante analisar que o processo de interação acaba confirmando uma necessidade já apresentada por Vannevar Bush ‘todos os nossos passos ao criar ou absorver materiais gravados são precedidos de algum sentido – o tátil quando tocamos uma chave, o oral quando falamos ou ouvimos, o visual quanto lemos’.
FILE parece se preocupar em apresentar a tecnologia de maneira mais produtiva e divertida, talvez, para aflorar o interesse daqueles que não são tão fascinados por essa nova realidade, e, de quebra, deixar os amantes de linguagem eletrônica satisfeitos e felizes com as novas descobertas.
No começo, pode ser que se sinta um pouco intimidado para interagir com as peças, afinal de contas, normalmente, exposições não permitem fotografias nem o ‘toque’. Pois bem, essa você pode até gritar, isso se quiser deixar o guarda em miniatura. A sensação de mandar em uma autoridade com certeza é única.
Não há mais como fugir. Cada vez mais a tecnologia nos força a fazer parte dela e entrar nesse mundo tão fascinante, onde com um simples clique, é possível interagir inclusive com um deficiente auditivo.
Sim, ainda há muito por vir e é o que se espera, de fato. Acredita-se que novas formas de comunicação surgirão de acordo com as necessidades do público, ajudando a conectar mais pessoas em um só lugar e diminuir a distância entre aquele que tem a tecnologia a sua disposição e aquele que não tem.
Os pensamentos são propagados através da mídia a fim de fundir ideias e atingir um novo patamar na história da humanidade. Toda a nossa trajetória é o que queremos deixar.
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