Que o Brasil é um grande produtor de lixo, isso já está bem claro. Que não reciclamos nem metade de todo esse 'ouro fedido', também está mais do que esclarecido.
Já evoluímos muito, é verdade. Porém, também já retrocedemos em grandes ações. Um bom exemplo, porque só reciclamos se mexemos no bolso?! Marta Suplicy, ex-prefeita da cidade de São Paulo, quando começou a cobrar taxa de lixo, foi vaiada. Tanto, que a nova administração tirou a taxa. Mas, ninguém observou: com a taxa, o pessoal começou a separar o lixo, afinal de contas, o reciclado não era cobrado.
Infelizmente, nossa cultura é tão capitalista que até para reciclar lixo, só o fazemos se ganhamos algo em troca, leia-se algo, dinheiro. Não que seja errado, mas, então, é preciso mais investimento. Ah, antes que esqueça, com o final da taxa, parece que não era mais tão legal reciclar, e os moradores da grande cidade, em sua maioria, pararam.
Tudo bem que, até aí, outra questão deverá ser discutida. O que adianta eu separar se o lixeiro joga tudo no mesmo lugar? Existe, também, a necessidade de uma coleta seletiva mais presente.
Interessante mesmo, é observar o quanto de dinheiro está, literalmente, sendo jogado no lixo. A cidade de São Paulo possui dois aterros, em fase de experimentação, que rendem até R$37 milhões só na venda de créditos de carbono. Além do dinheiro, a energia gerada por esses aterros é suficiente para abastecer uma cidade de 600 mil habitantes. Já pensou no que isso tudo significa?
Quem é morador de São Paulo, sabe que o grande espaço ocupado pelo Shopping Center Norte e Parque Villa Lobos, antes eram aterros. Logo, é possível imaginar o que todo esse lixo poderia gerar. Para que buscamos energia lá na Itaipu mesmo?!
Para uma sociedade que busca tirar rendimento financeiro de tantas coisas, parece estar é jogando muito dinheiro no lixo.
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