Tic Tac...

Nunca fomos amigos dos ponteiros e números, por essa razão não o carregamos no pulso, mesmo que como mero acessório. Para quê, para nos lembrar dos momentos em que precisamos nos separar?!

A noite estava terminando, ou, apenas começando. Não importa o ponto de vista, pois sabia, o momento de te deixar estava mais próximo, indo contra todos os meus desejos. Preferia uma madrugada inteira de silêncio ao seu lado, à voltar para minhas cobertas solitárias.

Seu beijos me tiram do sério, surpreendentes, deliciosamente intermináveis. No dia seguinte, a única coisa que quero é você. A torta predileta perde o sabor. A chuva veio para lembrar que preciso te aquecer. Somente eu.

Na despedida os beijos de boa noite. O olhar. A vontade de continuar ali, olhando para você, te acariciando e esquecer o resto do lado de fora. Se pudesse em meus braços você permaneceria até o amanhecer, pode ser clichê, mas, não ligo. O único problema, é que tenho certeza, o amanhecer não seria suficiente, então, diria que não especifiquei qual a manhã que te deixaria.

Já sinto sua falta como se tívessemos nos visto há dias e dias atrás. Então conto os segundos para o próximo encontro. Torcendo para um tic tac mais amigável que o último.