Fulminante

– Corre, corre!!!
– Tá doido cara, que foi?
– Corre que perigou. O bicho pegou para o nosso lado.
– Ele tá doidão.
– Tô vendo, do que ele tá falando?
– Sei não, voltou lá do fundo feito bala e só sabe gritar corre.
– Vamos lá ver o que aconteceu.
– Não! Não vão! Vocês não podem voltar para lá.
– Cara, por que? Tá sussa! Faz um tempo que eles não investem em proteção.
– Sério! Não vão! Ela tem outra alternativa mais eficaz.
– Mais eficaz?
– Sim, sim. Me salvei por uma falha técnica.
– Falando nisso, você não tinha ido com outro pra lá?
– Exato! Ele não voltará! Foi o fim!

Todos se entreolharam preocupados. Como o fim, ele era um dos mais aventureiros da turma.

– Quando notei, ouvi um estalo, um brilho e ele sumiu. Evaporou na fumaça
– Fumaça?! – reagiram intrigados.
– FU-MA-ÇA!! Exterminado.

Ele ouviam assustados o caso do pernilongo fulminado. No outro cômodo, Beatriz brincava encantada com sua mais nova raquete elétrica. Toda empolgada e atenta aos mais ágeis movimentos daqueles bichinhos sanguessugas irritantes.

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