Um é bom, dois talvez, três...parece que não tem sido demais!!!

Hollywood parece viver em momento saudosista, ou talvez não esteja mais tão predisposto a gastar milhões de dólares em criações duvidosas. E é neste caminho que tem seguido ao criar e lançar continuações de bilheterias que foram sucesso absoluto. Vale ressaltar que o risco do sucesso é feito nas temidas e, constatemente, ruins continuações de número TRÊS.
Parece estarmos vivenciando a era dos terceiros. Alguns parecem ter conseguido enfrentar e vencer a maldição do três. Outros se arriscaram em um número mais à frente.

Analisando todo esse campo, os dvds lançados e que podem ser vistos dentro destas perspectivas são: Treze homens e um novo segredo, Duro de Matar 4.0 e O Ultimato Bourne. Inteligência, esperteza, cenas de ação, impossibilidades, identidades remanejadas, finalizações, gosto de quero mais são algumas das palavras que podem desenhar essa linha de apresentações.

O fascinante mundo dos cassinos, a Las Vegas sempre bem iluminada, fantasticamente sedutora; a Disney dos adultos e ambiciosos, apresenta mais uma vez os treze homens que deixam qualquer um de cabelos em pés, seja homens ou mulheres. Treze homens e um novo segredo mantém suas cores, suas cenas divididas e movimentadas, assim como os dialógos bem construídos e corridos. No brilho das Vegas e agilidade daqueles que buscam ganhar mais e mais nesse caixa forte aberto aos possíveis, os homens de Danny Ocean (George Clonney) estão diante de mais uma boa desculpa para conseguir aumentar os cifrões em suas humildes contas bancárias.
E é preciso tirar o chapéu para esses homens que mostram o que é de fato ser uma equipe, não só ambição, inteligência, é preciso entender o que eles são um para o outro. Talvez uma das melhores apresentações do que seja trabalhar em grupo, o glube do bolinha de sucesso do futuro.
O terceiro não deixou a desejar em muitos aspectos, e outros, surpreende, pois quando pensamos que já compreendemos tudo o que se passa na cabeça desses homens, puff, algo novo acontece.
Agora se espera um história completamente diferente das apresentações anteriores, ou que talvez eles tenham optado em se mudar para New York City e roubar a bolsa de valores, esqueça. A briga é entre eles, a grana é apenas um agrado. Boas atuações e suaves risadas em pequenos detalhes. Se continuamos torcendo pelo ladrão...treze excelentes razões para dizer que sim.


Ele sempre foi um dos detetives mais queridos pelos homens que gostavam de bons filmes de ação, muito sangue (mas não exagerado), socos, tiros, vidros estilhaçados, alguém tentando salvar o mundo, sem ser morto e de quebra com grande senso de humor para manter o sorriso nos piores momentos, claro mantendo a cara de poucos amigos. E eis que surge McClane, com tudo isso e mais um pouco, o suficiente para conquistar o público masculino, dar um pouco de dinheiro para as produtoras e ter pelo menos três histórias para serem contadas em meio a balas e risadas.
Quando tudo parecia finalizado, o não mais tão jovem detetive, porém não detonado, volta em seu formato 4.0. Para alegria dos quarentões e felicidade daqueles que cresceram assistindo Bruce Willis sendo um bom policial, Duro de Matar 4.0 conseguiu ser uma continuação com estilo.
Não tentaram colocar botox no detetive, e muito menos congelar a sua história como se nada tivesse acontecido no mundo desde seu nascimento em 1988. Poucos buracos históricos e um detetive bem receptivo. As cenas ‘rídiculas’ estão presentes como apenas um duro de matar pode vivenciar, e aí de outro que tentar. Só ele conseguirá comer sucrilhos e atirar na roda de um carro com apenas uma mão. Sem mirar por mais de cinco segundos.
O melhor, a tecnologia foi mantida, afinal de contas, em que era vivemos não é mesmo. O garoto que acompanha nosso detetive é um gênio à parte, e McClane um pouco analfabeto da era digital, normal para aqueles que estão na sua idade, porém o que não significa que seja inútil. Pelo contrário, o filme consegue esclarecer que a tecnologia não é completa se não tivermos a junção da experiência e nos momentos de perigo, dar chance para utilizar de ferramentas ‘antigas’. O resultado: um filme completo, onde o velho e novo se encontram em harmonia, McClane mostra que continua não sendo muito perfeito, porém que ainda é duro de matar.


Quando achávamos que James Bond já estava reinando em absoluto, o detetive McClane voltava para mostrar suas garras e Chuck Norris dominava os sites de relacionamentos, eis que mais um novo personagem é apresentado à sociedade. Bem, ele não sabia em nada a sua identidade e a princípio apenas o telespectador sabia que seu nome era Jason Bourne, ou acha que seja!!! A trilogia foi fechada, e a resposta, aparentemente dada. Com um gosto de quero mais, e para alguns o Bond norte americano. O Ultimato Bourne com certeza mexeu com muitos, inclusive com as câmeras que o acompanharam na busca interminável pelo seu ‘eu’ e por vingança, afinal de contas, a vingaça está presente em todos.
Não há um segundo de câmera parada, é possível ficar tonto e perder informações importantíssimas em um piscar de olhos ou retirar de pipoca do pacote. A terceira etapa da trilogia exige que os seus antecedentes tenham sido assistidos e compreendidos na medida do possível, caso contrário, não entenderas absolutamente nada e ainda chingará o roteirista e todos os envolvidos.
A perfeição com que a história tem sua continuidade é um dos quesitos admirados nessa película. Matt Damon conseguiu amadurecer seu personagem de acordo com os fatos e correr da história. A presença mais forte de Bourne, o seu crescimento e atitudes mais firmes são conseqüências das descobertas que vão acontecendo durante o percurso da história.
A ação é contínua, sendo em movimentos corporais como mentais. Sair com falta de fôlego ou pronto para tentar descobrir se sua identidade é realmente a mesma de quando começou a assistir o filme podem acontecer com naturalidade. Se Jason Bourne conseguirá se encontrar com James Bond é uma icógnita a ser descoberta, mas até aí, de interrogações a serem decifradas parece que Bourne é expert.


E que a maldição do três continue sendo quebrada com audacidade e glamour!!!

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