Correndo contra o
relógio, cumprir agenda e satisfazer compromissos nem sempre desejados acabam
me impedindo de ser sincera comigo mesma. Parar no tempo, já que não o posso
parar, a fim de me observar e perguntar: olá,
como vai?
Preciso esquecer
um pouco o sentido revelado pelo espelho, os vindos de opiniões alheias e me
conceder cuidado próprio. É tanto envolvimento com o tempo reduzido que mesmo
quando ganho tempo extra raramente o utilizo para dar atenção a mim mesma. Já
sentiu isso?
Tento convencer
meu cérebro, meu corpo e todo o restante de vida aqui existente da extrema
necessidade de dar um tempo.
DAR UM TEMPO!
Dar um tempo dos
palpites, das intromissões, das culpas, das ordens e compromissos sociais.
Dar-me um tempo
para o banho predileto, o restaurante favorito – adoro passar horas vendo os
outros clientes enquanto degusto o me-u
prato. Dar-me um tempo para curtir a música, a notícia e até a novela – ah,
tempo de A URSUPADORA - me julgue se
quiser.
Dar um tempo de
máscaras, sendo honesta para compreender desejos reais, sem se preocupar com olhares
tortos e, melhor, aprendendo a lidar com choros, sorriso e qualquer outra
consequência resultante.
Pensando bem, talvez
não precise de meses, dias ou horas, minutos serão suficientes se bem
aproveitado e valorizado por mim. E se complicar, desconecto! Minutos perdidos
no ‘só dar uma olhadela’ no celular, poderão render infinitas horas para me
conhecer.
1 Comentários
Engraçado que nem estive aí essa semana para te inspirar e estou vivendo bem isso:
ResponderExcluir"Dar um tempo de máscaras, sendo honesta para compreender desejos reais, sem se preocupar com olhares tortos e, melhor, aprendendo a lidar com choros, sorriso e qualquer outra consequência resultante."
Que loucura ! 😱