Energia Alternativa

A luz acabou! Os gritos na rua, no momento do blecaute, anunciam: é geral.

O tablet tem bateria, então tenho leitura para passar o tempo. É bom acender umas velas, vai saber quando volta. A lanterna do celular, felizmente também com carga, me guia em direção à cozinha. Deixei preparada uma gaveta para estes momentos, velas, fósforos e até suporte.

No automático, acendo a luz da cozinha, sorrio. Cabeçuda acabou a luz. Acendo quatro velas e começo a distribuir pela casa, não sei bem porque, se fosse elétrica só ligaria a luz com eu no cômodo.

Pontos estratégicos, altos, iluminam melhor. Foram várias noites à luz de velas para entender esta lógica tão óbvia, afinal de contas, a luz fica no teto, não?!

Os olhos acostumam com o tom alaranjado e já enxergo muito bem, até da para rabiscar no papel. Se fosse hora de dormir, possivelmente aproveitaria a escuridão natural – é tão difícil acabar a luz na hora de dormir, costuma ser algo mais no meio do banho quente, de uma programação tão aguardada na televisão, de um texto escrito e não salvo, de uma jogada organizada e evaporada, e claro, a clássica, quando não tenho bateria no celular, no tablet e muito menos velas e fósforos na gaveta.


Mas hoje, esta noite, eu tinha energias alternativas.

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