Eita Dia!!!

Toca o despertador. Acordo e desligo o despertador. Durmo. Sonho intensamente. Acordo assustada. A dormida de 15 minutos foi mais intensa e sonho mais real do que a noite toda. Pulo da cama. Tomo um banho.

Me troco correndo. Voou para o café. Apenas uma fruta e café puro, o pão será mais tarde. Converso. S'imbora para o ônibus intermunicipal. Passo pelo arco-íris, lindo! Passo do lado da ponta errada - não tem pote de ouro. Ônibus cheio. Fico em pé e sento na primeira oportunidade.

Uma soneca. Fico em pé. O ponto está próximo não posso perder. Passos rápidos para o metrô. Subo a escada. Falo no whatsapp. Passo cartão na catraca. Trava. Sem saldo. Bufo. Comento com alguém no whatsapp. Olho para frente. Estação LOTADA!

No pronto atendimento compro créditos para o cartão. Subo a escada, de novo. Vou passar a catraca. Espero. Um homem me empurra e fala: vai logo filha. Fico brava. Olho feio para ele e respondo: passa na frente, tá cheio mesmo. Folgado - penso.

Passo a catraca. Plataforma mais lotada. Devido a problemas na estação Conceição os trens estão em velocidade reduzida e maior tempo de parada. Não acredito. Hoje é dia. Espero! Mando whatsapp com foto. Espero! Mudo de porta para aguardar. Espero! Mudo de novo e me fixo. Espero! Aê povo vai para o corredor a gente quê entrar também. Espero! É o quinto metrô que passa. Espero! Espero!...

Uma hora se foi. Sou empurrada para dentro do metrô. Quentinho. Ainda bem que está frio. Apenas duas estações. Saio no pique. Subo as escadas rolantes rumo ao outro metrô. Paro no canto. Tuito. Acelero o passo. Aviso o atraso. Droga, minha melhor aula, penso.

Entro no metrô. Sento. Mulher com barriga do meu lado. Grávida? Dúvida. Desço e subo os milhões de escadas rolantes. Descido, não vou andando. Corro para o ônibus. MEGA atrasada. Droga!

O elevador para em todos os andares. Chego no final do vídeo. Sento. Respiro. Como gosto desta aula. O professor dá as boas vindas. Você precisa parar de usar transporte público, não faz bem. Dou risada. O dia tem chance.

Ganho pães caseiros. Sorrio. Próxima aula não poderei ver inteira. Assisto. Opino. Pães caseiros me atraem para fora. Pãozinho com manteiga e café com leite, delícia de manhã. Tudo recomeça. Compartilho no Facebook.

Tô sem dinheiro. Vou no banco. Vamos para a livraria vai?! Será melhor...Sou convencida. Rumo à livraria. Ué, não é do outro lado?! Vamos de táxi. Ah!!!! Conversas. Tranquilidade. Risadas. Aqui está bom? Pergunta o motorista. Descemos.

Indicações. Compras. Algemas. Algemas? Em uma livraria? Escondidas. Tenho que tirar uma foto, me empolgo. Abro a bolsa. Abro os compartimentos. Coração acelera. Cadê meu celular? Xii o celular não está aqui!! Como não?! Se preocupam. 

Refaço o caminho. Café. Banco. Táxi. É isso...TÁXI!!! Ligamos para o celular. Nada. Ligamos de novo. AlÔ?! Tu-tu-tu-tu!!! Tenta de novo. Toca. Nada. Toca. Caixa Postal. Droga, já era! Poxa mancada! Ligamos. Alô!?! Oi é a dona do celular. 

Celular encontrado. Passageira do táxi. Seu Batista, o motorista guarda o celular. Ufa! Pego o ônibus. Volto ao ponto de táxi. Espero. Ninguém. Lembro não ter celular para ligar para o motorista. Esqueci o número com a amiga. Para os amigos. Não sei o número deles. Para ninguém. Não tem ninguém por perto. Penso...

Quero tuitar. Não dá! Droga, não vou conseguir ver Cheias de Charme no celular hoje, lembro. Penso. Solução! Computador! Corro para um. Mando e-mail. Ela sempre vê. Mando tuite. Ela sempre vê. Pego os números básicos. Moço, tem orelhão aqui? Logo ali Ô! Caramba, nunca reparei! Ligo a cobrar. Não atende. Volto para o ponto do táxi. Banca de jornal. Compro um cartão telefônico. Existe?! R$5 o mais barato.

O jornaleiro não tem troco. Fica bravo. Não aceita débito. Fica bravo. Conto o ocorrido. Me dá troco. Completa: eu odeio celular. Sorrio e falo: eu também! Quero tuitar! Não dá!

Cartão no orelhão. Ainda sei. Oi, Batista é a dona do celular. Oi, já tô chegando! Ótimo. Espero. Espero! Espero! Eita você aqui?! É, pobre é assim. Anda de busão não perde nada, anda de táxi perde o celular. Risadas. Perco o convite do almoço. Pena! Espero! Espero!

Oi!! Nossa ainda bem que encontrei. Batista conta a história! Lembra do cliente, meu amigo. Disse que dei sorte: peguei duas passageiras depois de você! Sorriu. Nos divertimos com a história. Me devolve. Bateria no fim. Não dá para tuitar. Mando sms: achei!

Corro pro ponto. Sorte! O ônibus certo passa. Vazio! Sento. Sorrio. Pego um chocolate. Açucar, preciso! Quero publicar a história. Pouca bateria. Pena. Não vou lembrar todas as ideias. Durmo. Sono pesado. Acordo. Durmo de novo. Chego no ponto. Engulo uma empada. Telefone toca (não sei como): achou? Sim! Ah, que bom! 

Ligo o computador. Celular carregando. Digito. Não tudo, certeza! Mas, ok! Dia na metade. Até mais. Ufa!

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