Retorno

                                                                                 Foto|Carolina Teixeira


Retornar para casa é sempre uma emoção diferente. Vontade de estar com aqueles que ama e saber as novidades das quais não participou. Também é o momento para contar tudo sobre as novas aventuras vivenciadas em um lugar nunca esperado para se visitar.

É tomar banho em seu próprio banheiro, deitar em sua própria cama para não levantar tão cedo. Voltar a rotina ignorada durante a viagem por razões de espaço e tempo. Todas a manias também surgem como se estivessem alegremente respirando a liberdade.

Retornar para casa após uma semana sem comunicação com ninguém do lado de cá é relembrar abraços e ombros amigos. Compartilhar os bons e maus momentos. Pedir conselhos. Chorar. Sorrir. Sonhar. É observar o privilégio de pode ir sabendo que ao  voltar haverá alguém para lhe desejar boas vindas.

É fazer uma retrospectiva avaliando o quanto se aprendeu. Respirar fundo para lidar com a realidade não alterada enquanto estava fora, mesmo desejando que algumas coisas já fossem diferentes. Na viagem a ilusão apresentada por horários e tabelas pode criar expectativas para o retorno; mas o retorno não sabe disso e muitas vezes espera exatamente como foi deixado.

Retornar para casa é não ignorar as expectativas e novos sonhos criados enquanto seus olhos observavam novas perspectivas. É organizar com calma o que já é, para criar novos caminhos ao que será. Entender quais investimentos são válidos, quais situações precisam ser modificadas.

É aproveitar a energia, empolgação e agitação oferecida pela viagem para viver mais intensamente, para arriscar, já que o medo parece se esconder em situações como esta, nada parece ser impossível ou difícil demais para ser realizado. 


Retornar para casa é retornar para um novo mundo, mesmo quando ele aparenta ser exatamente igual ao momento em que disse 'até logo'.

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