Esbarro

Era uma loja pequena, nada muito diferente, mas a promoção atraiu meus olhos, precisava fazer uma pesquisa de mercado.

Um passeio básico, passada de mão no material, nada atraia. Então, encontrei um grande corredor. Empolguei. Talvez ali algo se salvasse, afinal de contas, havia roupa na esquerda e na direita. Olhava cuidadosamente ambos os lados naquele corredor infinito, nunca virá um espaço tão grande, por segundos me perguntei como era possível.

Caminhei em frente, olhando de um lado e outro. Uma moça veio em minha direção, tentei desviar para não trombar nela, mas ela não desviou. Tentei novamente e fiquei um pouco nervosa, ela parecia me perseguir. Conhecida?!

Ao invés de seguir em frente preferi ir para a outra arara de roupas, melhor do que arrumar confusão. Voltei, precisava explorar o corredor, o inevitável aconteceu. Nos trombamos! Talvez assim ela saísse do meu caminho, direcionei minha mão para seu ombro e pedi desculpa.

O meu pedido de desculpas saiu no mesmo momento que senti uma região plana. Olhei novamente e não acreditei. Virei minha cabeça para a direita como na tentativa de olhar do outro lado e confirmar o fato. Não era possível. Sorri, olhei discretamente para os lados para saber se alguém tinha visto minha situação. Sai de fininho dando risada de mim mesma.

Afinal de contas, não é todo dia que você é perseguida por você mesma, se esbarra, se desculpa e então compreende: tudo não passou de uma imagem no espelho.

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