Coisa de cidade grande

Esses dias fui lembrada de que cidade grande nos tira algumas habilidades naturais. A selva de pedra nos desaprende a subir em àrvore, navegar em um rio qualquer, até para mergulhar é preciso se matricular na natação.

O que dizer se virar sem energia, é quase a morte, nada parece funcionar, ficamos sem tomar banho pois nos recusamos a entrar debaixo da água fria, mesmo estando incrivelmente calor. Muitas vezes a única solução encontrada é dormir.

As crianças então não veem graça em brincadeiras que não envolvam tecnologias e, de preferência a mais moderna, aí de você querer entregar um game "ultrapassado". Bolas e bonecas ficaram reservados para os menos afortunados, e olhe lá. Se a boneca não falar e a bola não reLizar outras funções não tem graça.

E então, em um dia qualquer, resolvi driblar um pouco toda essa lei urbana. Em plena hora do almoço, em um bairro comercial movimentado de São Paulo subi no pé de amora.

A emoção é inexplicável, com um pouco de medo, claro. A reação das pessoas engraçada. De fato minha facilidade em subir árvores não era mais a mesma de quando criança. Mas valeu a pena, nenhuma sobremesa de restaurante seria tão saborosa quanto aquelas coisinhas roxas e suculentas.

Às vezes driblar as modernidades e se permitir um contato diferenciado com a natureza pode ser uma aventura à parte.

1 Comentários

  1. Realmente a troca pela modernidade, faz esquecer-mos de muita coisa, que quando crianças éramos dominadores no assunto. É quando olhando para o passado dissemos: "eu era feliz e não sabia".
    Abraços.

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