Príncipe da Pérsia

Cor, luz, movimento, história e boas lembranças
Mais do que excelentes tomadas, edição de artes profissional, dando qualidade surreal às imagens. A reação final de um espectador é, com certeza, a tradução do sucesso de um filme. A Disney ainda tem essa capacidade, de não só conquistar, como, trazer à tona histórias e sonhos do ser humano. A mágica do cinema nas mãos da Disney ainda são atemporais.
O brilho nos olhos de meu pai enquanto contava sobre a época que jogava 'O príncipe da Pérsia', em sua primeira versão, quando não havia games de mão e, muito menos, desenho digital quase que real. Foi a resposta final das duas horas de areia soprada na obra "Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo" (Prince of Persia: The Sands of Time).

O filme estruturado de maneira inteligente. Possui, como já dito, uma qualidade gráfica impressionante. A fotografia pode ser traduzida como obra de arte. O movimento da câmera que dá uma ação mais real e ágil, tirando o fôlego daquele que acompanha a briga. O enredo, brilhantemente desenvolvido, nos faz acreditar que primeiro surgiu a história e, não, que veio dos games da década de 80. Apesar, das idas e vindas, causadas pela areia, nada ficou sem sentido. Nenhum fio solto. Nem mesmo a postura do príncipe Dastan (Jake Gyllenhall), assim como o seu modo de lutar e habilidades em saltos. (O príncipe deve ter aprendido muito com os esportistas de parkour).

Como todo filme Disney que se preze, lições sobre a importância de ter uma família. A fidelidade com amigos. A riqueza não é o que compra a felicidade e, se permitir que te domine, será sua destruição. Risadas pontuais são reservadas para a plateia, assim como, a sensação da torcida e os 'uuuuhhhh' nos pulos de Dastan.

Em meio a tanta invenção de efeitos especiais e, corrida contra o tempo para conquistar bilheterias através dos óculos 3D, é bom ver que ainda há bom senso e equilíbrio. Pois, assistir filmes sem história, de óculos para ver efeitos especiais, já estava ficando irritante e chato.

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