Chorinho e Simpatia

O chorinho embala o clima e tenta aquecer a fria noite. Aroma de café, o cheiro da sopa. Senhores e senhoras dançando. Conversas, risadas.

Eles procuravam um lugar para sentar. Algumas mesas estavam cheias, outras nem tanto, porém, ocupadas. Uma jovem convidou:

- Podem sentar. Minha companhia não chegou ainda. Fiquem à vontade.
- Ah, podemos?! - Questionou um deles.

- Sim. Fiquem à vontade. Puxarei apenas uma cadeira para ler. Se não se importam?!
- Imagine. Pode ficar na mesa, só usaremos uma parte dela. Se não se incomoda...

E os dois conhecidos dividiram a mesa com aquela desconhecida. Enquanto ele buscava algo para comerem e beber, as duas, até então estranhas, começaram a dialogar.

E deste diálogo a descoberta de gostos semelhantes. Café, fusca. Peças teatrais que foram assistidas pelos três. Risadas. A preocupação de estar atrapalhando:

- Desculpem. Me empolgo! Podem comer.
- Imagine, é muito bom encontrar alguém para conversar.

Sentiu-se mais à vontade. E deram continuidade. O chorinho já se calará e recomeçará. A xícara de café com leite foi enchida mais de uma vez.

Os contados são anotados para um dia, quem sabe, retornarem a conversa e compartilharem mais novas descobertas.

São Paulo, simpatia e música em um só momento podem resultar em novas amizades.

2 Comentários

  1. Encontrei seu blog a esmo pela blogosfera. Amei o texto, eu caipira que veio com três malas e um monte de sonhos para estudar em sp, encontrei na noite paulista muitas conversas, fiz grandes amigos... Compartilho da impressão, ainda que participo de uma cena diferente da noite paulistana, que:

    "São Paulo, simpatia e música em um só momento podem resultar em novas amizades."

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