The last dance!

Sentou no banco do metrô, conseguirá um bom lugar, do lado da janela, estava cansada. Ficou feliz por saber que poderia fechar os olhos por alguns momentos. Entretanto, sua cabeça de alguma forma, estava muito incomodada para permitir tal evento.

Apoiou o queixo na palma da mão enquanto seus dedos encostavam sua bochecha. Encarou o vidro da janela e decidiu que daria um pouco de liberdade para seus olhos e mente. Ambos pareciam ter sentido a oportunidade e, aproveitaram. Os olhos começaram a acompanhar, na medida do possível, todas as paisagens que passavam por si, devido a velocidade a mente, mesmo não se concentrando no nada, tentava encontrar algo sólido para fixar os pensamentos.

Era como uma fuga do algo desconhecido, ou, medrosamente escondido.

De vez em quando, os olhos eram surpreendidos pelo próprio reflexo. Até que determinado momento não pôde fugir, os olhos se encararam e o brilho surgiu. No impulso, levantou. Não podia permitir, era preciso força.

A passos acelerados e pertubados caminhou rumo a porta e aguardou ansiosamente a sua abertura. E então a surpresa. Ele estava aguardando-a na plataforma. Saiu vagarosamente, não podia ser, ele olhou para ela, sorriu. Não falou nada, ainda sem sair do lugar abriu o telão e deu o play.

As luzes foram apagadas, automaticamente, e deram lugar ao clarão da tela. Ele estendeu a mão em sua direção convidando-a para uma dança, ali mesmo, naquele chão emborrachado, com cadeiras laranjas, trens e pessoas que iam e viam. Tudo tão surreal ao som de sua música preferida.

Não queria que acabasse, e mais uma vez, apenas deixou que seus olhos, mentes e corpo tivessem seu momento de liberdade.

1 Comentários

  1. Anônimo3:34 PM

    Aiiii, Carol!
    Que post fofo...
    Adorei a história e achei a música muito bonitinha (eu não conhecia, viu?!).
    Quando terminei de ler, até suspirei... Sério!
    Adoro essas divagações de alma, corpo e mente!!!

    :D

    Beijos

    PS= Posso não comentar sempre, mas sempre passo por aqui!

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