O Pálido Olho Azul

Livros de suspense, terror, assassinatos e afins estão adicionados à minha lista de grandes fascinações literárias. A razão é uma icognita, talvez apenas porque estimule minha criatividade e o raciocínio lógico, ou, porque já tive o grande sonho de ser uma investigadora policial.

Seja na escrita, nas películas ou até mesmo na rádio há muitos nomes considerados clássicos e elementares no que condiz a essa temática e, é aí que Louis Bayard resolve buscar inspiração para os personagens de sua obra O Pálido Olho Azul.

Não conhecia o escritor, o que me chamou atenção para ler a sua obra foi observar que ele utilizou do escritor Edgar Allan Poe, uma assumidade no terror e assasinatos, como um dos personagens principais de seu enredo. É preciso estômago para ler Poe, ele não tem 'papas na língua' e não é nada fino ao expor algumas situações, porém, não deixa de lado o brilhantismo poético.

Quem seria Poe nas mãos de Bayard?! Como ele vê o escritor?! Será que conseguirá me envolver metade do que Poe consegue me envolver? Para assassinar todos esses pontos de interrogação que me atormentavam, tive o prazer de começar a leitura de O Pálido Olho Azul.

Bayard decidi que seu personagem estaria escrevendo um diário, e dessa forma, Gus Landor, o detetive dessa ficção, tenta envolver o leitor da melhor maneira possível. E consegue. Fica difícil largar as folhas e os dedos ficam ansiosos pela próxima etapa.

Ainda é possível notar semelhança com obras de Conan Doyle, a presença de Hitchocock, e para aqueles que gostam da literatura brasileira, ouso afirmar que Bayard de alguma forma esbarrou nas palavras de nosso caro Machado e seu marcante personagem Brás Cubas.

Muita atenção a todas as descobertas do detetive Gus Landor e seu ajudante E.A.Poe, pois a descoberta dos responsáveis pelas horríveis atrocidades que estão acontecendo com os jovens de West Point dependem desse trabalho perigoso e cheio de detalhes. Acredite, será difícil descobrir antes de ler as últimas páginas.

Entenda: nenhuma poesia é pura e simplesmente a poesia, mesmo que fale somente de um meloso amor.




O Pálido Olho Azul
Louis Bayard
Ed. Planeta

2007
432 páginas

1 Comentários

  1. Valeu por compartilhar. Vou ler esse livro, ver o que ele tem a me mostrar.


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