Abraçe...

Só queria dizer que estava ali para o que fosse necessário. Compartilhar risadas, choros, conquistas e derrotas. Não sabia exatamente como expressar e demonstrar que os braços estariam sempre abertos para recebê-lo. Talvez tivesse até medo de se expressar por receio de ser mal interpretada.

Ficava receosa de não ter conseguido ser o que gostaria, ter fornecido pelos menos uma parte do que recebeu e lembra de que 'és responsável por aquilo que cativas'. Sentia que a responsabilidade não parecia completa e temia perder o que conquistou e ama.

Grande parte das vezes relacionamentos, não importa o tipo dele, são complexos demais até para a compreensão da mente, alma, espírito e tudo mais que deveria facilitar essa situação. O homem cada dia que passa busca viver sozinho, com receio de encarar os desafios de dividir sua vida com outrem, é uma pena.

Interessante, pois permitem-se enfrentar horas de noites não dormidas para ficar lado a lado com a máquina de bits e bytes, mas não querem gastar minutos em papos e momentos prazerosos com outros da mesma raça. Questão enigmática! Já que do outro lado deparamos com a carência que o ser humano tem vivenciado.

Será necessário mais pequenos princípes para apresentar a necessidade do outro?! Ou ainda nos sufocaremos em palavras não ditas e abraços não dados apenas por temer a resistência do carinho do próximo.

Na tentativa de andar contramão ao mundo individualista carente, corre para o abraço, pede o abraço, abraça, agradece e faz questão de sempre recordar o quão importante é estar ao seu lado.