Mãos para o alto

Ser telespectadora de um assalto não é tarefa fácil, uma sensação de indignação e raiva, ao mesmo tempo impotência.

Após o ato consumado, ele correu na sua direção, ainda guardava a arma. O grito ficou travado em sua garganta, ao passar em sua frente sentiu que a proximidade era tamanha que poderia esticar a perna e ver uma bela queda daquele que fez tão mau a alguém. A razão venceu a emoção.

Ele esbarrou em alguém.Ainda pasma com a situação comentou:
- Ele acabou de assaltar o carro. Ele está armado!!!

Mas já estava muito distante. Nunca vira pernas tão longas e rápidas.

Em outro dia qualquer, no mesmo lugar, um casal pára de andar, ela ri sem compreender, ao olhar para frente a cena: um policial, sozinho, armado, discute com um indíviduo enquanto aponta sua arma para ele.

Parar ou continuar?! Apertou o passo sem olhar para trás, apenas ouvia a discussão que ficava mais intensa.

Do outro lado da rua, na esquina, outro policial tem a arma apontada para um indivíduo já ajoelhado e imobilizado.

Viu de relance o seu ônibus, que pela primeira vez chegou rápido e vazio, sem pensar duas vezes correu. Nunca ficou tão grata por estar lá dentro.

1 Comentários

  1. Anônimo10:31 PM

    Presenciar um assalto é sempr ehorrível, causa uma sensação de impotência... Sinto muito por você ter vivido isso! Espero que vc esteja bem!!!

    Beijos :)

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