Empurra!!!

A varanda mais uma vez foi o meu camarote para a obra assistida.
O carro pifou, do nada, e não não era gasolina se fosse tudo estaria resolvido já que estava pifando bem no posto. O garoto sai e empurra enquanto a mulher comanda na direção.
Numa reta só vai e volta, a luz do farol acende, sorriso, a luz do farol apaga...DE NOVO!!! Vai e volta, a luz acende, esperança, a luz apaga.
Depois de pelo menos umas 10 idas e vindas. A platéia resolveu ajudar. Um homem a mais para empurrar, o outro toma o lugar da mulher.
- Empurra...
A cena se repete, não como um deja vu, pois os personagens são outros.
- Mãe acho que o problema é bateria. Grito para o interior de minha casa.
Como se minha voz tivesse chegado aos ouvidos dos envolvidos, o rapaz que dirigia vai até o seu carro e pega a bateria. Aproveito vou à cozinha e pego a minha bateria - romeu e julieta.
Após todos os fios conectados e toda a agitação o carro volta a funcionar. Do lado estaciona um carro com um senhor (possível pai da dona do carro pifado).
Instruções de uso são repassadas tanto à dona quanto ao pai, sabe como é né, mulher não entende muito de mecânica. Cada um pega seu carro e parte.
É os vizinhos foram os heroís da noite e pelo menos uma noite tive boas notícias ao invés das televisionadas no Jornal Nacional.

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